quinta-feira, 23 de maio de 2013

Passei a tarde tentando preencher meu dia. O papel que era branco, começou a perder espaço para pequenos corações rabiscados com caneta bic azul. Mas quanto mais eu rabiscava, mais espaço tinha. E foi aí que cheguei à conclusão de que todo espaço não é suficiente para tanto sentir. Todos somos, corações.

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Aquela paixão de sofrer por alguém, ela já não tem mais espaço. Resolvi dar lugar para outro tipo de paixão, exagerada no despir dos corpos, no beijar, no aquecer-nos. De olhos fechados, deliciar-se com os arrepios provocados pelas carícias, no compasso desenfreado da respiração, no transcender de sensações. Essa, é essa...
E aí que fui me abrindo para novas experiências. E aquela intensidade que para mim era nosso amor me fez descobrir, depois de certo tempo e pessoas que não; aquela intensidade é o que sou.

terça-feira, 14 de maio de 2013

Como de praxe, estava satisfeita com o passeio noturno de todo dia com seu fiel companheiro. Agradecia no momento em que a parte mais legal acontecia, quando o pequeno pulou na poça d'água e pulou de volta para a  calçada, carimbando o cimento.

Alguém que te faz lembrar da cena em que a menina, no abrir das portas do Teatro, transborda de ternura ao se deparar com a Orquestra tocando bravamente a bela Primavera de nosso Vivaldi, remetendo às lembranças do avô, que sentado em sua poltrona, ouvia sempre pelas manhãs seus cds de música clássica; As Quatro Estações marcaram mais. Apoiava a cabeça em sua mão direita, se debulhava em lágrimas e chamava a neta pra mais perto. 


- Olha só! Foi só uma gozadinha na perereca da sua mãe que virou isso?!

Palavras de um pai sobre a filha do meio.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010


Essa noite, antes de dormir,
esquecerei inúmeras coisas
para que eu possa enfim sorrir;
Quero esquecer das noivas,
das usinas, businas e esquinas;
Quero esquecer dos pedintes nas ruas,
dos tristes olhares das meninas,
das mentiras e das pessoas cruas;
Quero esquecer-me de tudo,
para que possa dormir;
Esquecer do ator da revista,
pois quando a noite acabar

esse meu coração mudo,
renascerá artista.

domingo, 23 de outubro de 2011

Borboletas no estômago


O incômodo que sentia no estômago com as tais borboletas, precisava chegar ao fim. Trancou a porta do quarto, deitou em sua cama e ficou observando o céu azul através da janela aberta. Fechou os olhos e acariciou sua barriga. Usou um objeto pontiagudo para perfurá-la. Mesmo de olhos fechados, sua visão começou a clarear. Antes que essa luz a pudesse engolir, abriu novamente os olhos, e pôde ver as borboletas, um tanto embassadas, voarem eufóricas para fora da janela, rumo ao infinito azul do céu...

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Perco a oportunidade de ficar calada,
de ter razão,
de dizer que, não,
não foi em vão,
de querer dar a mão,
e olhando pro chão
me pedir perdão...

sábado, 26 de novembro de 2011


É isso, você faz o seu papel.
Poesia em Pessoa.
E no final, a luz reflete nas pernas, nas mãos ou no coração.

terça-feira, 29 de novembro de 2011


- Que tal pegar um cineminha?


Na minha opinião, esse é um convite infalível. Cinema é bom, barato e...escurinho!
A pessoa convidada vai adorar o convite e não vai negar.
Caso haja alguma discussão na hora de escolher o filme, bah, deixa que a pessoa escolha.
Afinal, esse convite foi só um pretexto pra...pra...bem, você sabe.

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E o pouco de amor que eu mantinha enjaulado, tomou pó de pirlimpim, deu um salto mortal por entre grades e juntou-se à poeira.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011


Meu pequeno pássaro que carrega todas as cores:

Desejo que você voe de acordo com suas vontades e necessidades. E que o vento esteja sempre ao seu favor. A liberdade é o que nos mantém ligados. Admiro-a tanto que as vezes penso nela para seguir adiante. Voe e colora o céu de cada pessoa. E nunca se esqueça do meu céu também, tá? Vá, espalhe suas cores que espelham minha alegria de ter você assim: livre!

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011



Sentada à beira de um penhasco, tendo o infinito como suporte para meus pés.

Percebendo o que não tem, vive uma busca constante. Gula e luxúria.
Quando acredita ter conquistado algo,
deixa-o de lado. Se não há mistério, não há porquê.
Não havendo porquê, não há razão. E precisa haver razão?

Quis sentir melhor o vento. Levantei e, então, dei um passo adiante.